A MORTE PEDE CARONA

VIVA COM BOM SENSO E LÓGICA

Por que paramos para refletir apenas quando a vida se vai?... Ou a sua, ou a de alguém que amamos, ou simplesmente a do vizinho, que mal cumprimentamos na escada, no corredor…
O silêncio de nossas mentes inquieta nossos corações. Uma viagem onde a morte pede carona, não para sentar ao seu lado, mas para marcar sua presença temerosa.
Tememos tanto, e sempre, e quando, que mesmo em face ao infinito, ela se desfaz  entre  nossos dedos.
A vida é uma bênção divina, concedida aos que têm sorte de aqui estar. Não esperemos pelo infinito, que dele, só nosso pensamento se alimenta, só ele alcança…
Devemos viver cada vão momento, e rir seu riso e derramar seu pranto. Cada pensamento é vasto em emoções e lógicas inglórias. Nem sempre agradamos àquele que merece nossa atenção, mas sempre desagradamos àqueles que nos amam.
É difícil em meio a tanto tumulto, a tão vastos pensamentos  compreender a todos, mas é tão simples querer compreender a si mesmo.
Um pequeno esforço, cujo sentido só se faz entender a quem pensa e sente. Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é, como diria o poeta pioneiro na doença, Cazuza.
Há os que vivem muito e bastante, há os que vivem pouco e, é suficiente, há os que vivem sem viver. A estes, a sabedoria não alcança, porque julgam-se plenos dela.
Sophia visita apenas os que amam, que admiram cada vão  momento do ser e existir, o "Penso, logo existo", o "(...) eu cozo para dentro" de Clarice Lispector.
Saber amar e saber viver são objetivos interdependentes, paradoxos? Não apenas, coexistem.
Viver, vivare, vivamos...



Lorena Robaina

Comentários