Meu momento de decidir ser eu

Todo mundo sabe que estamos numa pandemia interminável que mudou as pessoas e que muitas vidas deram um baita giro, e que infelizmente, muitas vidas foram ceifadas por esse vírus novo tão fatal.

A correria dos cientistas para realizarem suas descobertas, as pessoas todas amedrontadas pela fatalidade batendo a sua porta de casa.

A enxurrada de desinformação que foi propagada pelas redes. Acredito que às vezes isto acontece não por mal, mas falta de informação correta, checada e pela pressa em que as pessoas vivem, como se o dia não pudesse cobrir todas as suas tarefas e metas.

Essa sensação eu compartilho muito bem. Sou alguém que olha as dores do mundo e toma pra si e busca soluções, às vezes, inumanas para tudo que me interessa. As pessoas que amo, não gosto de vê-las tristes ou acuadas. Sempre percebo quando seu olhar não está bem. Procuro entender, mas pra mim o mais difícil é compreender que eu não sou super woman, que realmente sou apenas uma gota no oceano.

Por que eu faço isso? Achei a resposta fazendo terapia, lendo, conversando. Não tenho mais tanta vergonha das minhas vulnerabilidades quanto antes. Mas, ainda não estou 100% à vontade com elas.

O fato é que somos todas e todos humanas (os) e enquanto temos esta condição, também somos perfeitamente imperfeitas (os).

Erramos tentando acertar. Corremos, tentando ser devagar, paradoxalmente.

O meu maior sonho é ver o amor se espalhar e não ceder lugar ao ódio.
Cada um sabe exatamente, a dor e a delícia de ser o que é, já dizia a música.

Às vezes precisamos tomar decisões difíceis, mas precisamos fazê-las.

Decidi ser eu mesma, inspirada por uma leitura, por um curso, por várias conversas, por mim mesma.
Somente nós mesmas podemos enxergar,- e às vezes não-, o que passamos, o que sentimos. Até para nós mesmas é difícil aceitar o que vivemos.

Mas quando nos enxergamos de dentro pra fora e nos decidimos de fato aceitar nossas vulnerabilidades e dizer: - Está tudo bem. Só assim se vive bem.

A vida é só esta, é um sopro, e tudo passa. 

Aproveitem a vida, abrace quem você ama, diga que você ama. Queira estar junto. E valorize quando está só. Você sempre deve ser sua melhor companhia. Só assim conseguirá desfrutar do silêncio e amar o barulho.

Decida ser você mesma e abrace suas vulnerabilidades.



Lorena Robaina

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